O Centro de Operações Rio (COR) recebeu, na última quarta-feira (9/10), integrantes do projeto “Manas: Jovens Lideranças por Justiça Climática”, implementado na cidade pelo Instituto Decodifica. A reunião na Sala de Situação teve a presença de mais de 50 pessoas para debater sobre a mobilidade urbana e o papel do COR.
A reunião foi conduzida pela equipe de Planejamento e tratou também de questões como ondas de calor e emergências climáticas, que são as áreas de atuação da iniciativa.
Segundo Mariana Galdino, cofundadora do Decodifica, o programa Manas trabalha com a questão da equidade de gênero e a participação social de mulheres em espaços de tomadas de decisão e poder a partir da ótica da justiça climática. A iniciativa tem foco integral no que diz respeito às mulheres do mundo.
“Ter um projeto como esse, com meninas que literalmente vivenciam as emergências climáticas em seus cotidianos é fundamental. Nós estamos formando novas lideranças, meninas que vão protagonizar políticas públicas feitas por elas e, a partir disso, ter uma representatividade. Temos mulheres, sobretudo negras e periféricas, fazendo uma incidência em nível municipal. Elas protagonizam o que vivenciam”, disse ela.
Surgido em 2020 no Jacarezinho, o Decodifica é um laboratório de geração cidadã de dados que desenvolve, por meio de pesquisas colaborativas com organizações locais e moradores, bancos de dados para traçar ações que representem as reais demandas da periferia. O Manas é apenas um dos projetos iniciados pelo instituto.
A ideia do programa é oferecer uma formação completa em geração cidadã de dados, justiça climática e articulação política para meninas negras, periféricas, LGBTQIAPN+, PCDs entre 16 e 24 anos e inseri-las para atuar no município, estado, país e mundo.
Mariana afirmou ainda que a reunião foi de grande proveito para o grupo, que teve a noção do tamanho da importância do Centro de Operações para o município do Rio.
“O COR é um case de referência para nós, no que diz respeito a políticas e ao equipamento público, que dá conta do que estamos trabalhando dentro da nossa formação, que é emergência climática, planos de adaptação e cidades resilientes. Então, ter um centro de operações no Rio significa muito no nosso dia a dia na mobilidade urbana, ondas de calor e enchentes, que são assuntos muito importantes porque afetam diretamente nossos territórios. É importante sabermos qual é o papel desse equipamento público para a prevenção e preparação dos cidadãos”.